
As disfonias – alterações na produção da voz – podem ter diferentes causas. Grandes abalos emocionais, por exemplo, são suficientes para uma voz mais embargada ou grave. Nesse caso, deve-se tomar cuidado para que essa modificação momentânea da estrutura do aparelho fonador não resulte em um dano permanente. Isso porque repetir o movimento errado na hora de articular a voz, processo que envolve diferentes grupos musculares, pode produzir nódulos, principalmente nas cordas vocais.
Para tratar uma rouquidão, a tradicional balinha de menta não seria o mais indicado. Como a alteração pode ter causa patológica – além da emocional –, o mais recomendável é procurar um especialista, pois, como salienta a otorrinolaringologista Mary Villar, “é necessário colher todos os dados e realizar o diagnóstico da doença de base que ocasionou a ‘disfonia’”.
A doutora Mary Villar alerta ainda que, apesar de existirem grupos de risco, qualquer pessoa pode desenvolver as alterações. “Há certa prevalência em determinados setores profissionais, como professores, cantores, e os demais profissionais da voz. Contudo, é importante ressaltar que as disfonias aparecem também em crianças, que costumam abusar no uso da voz. Já os idosos, podem desenvolver a presbifonia (envelhecimento da voz), que indica a redução da lubrificação das pregas vocais ou da atividade muscular das mesmas, deixando a voz mais fraca, trêmula e com pouca projeção”.
É claro que o processo de envelhecimento é irreversível, e inclui a voz também. Sem a eficácia mítica de um elixir, mas dentro de uma realidade palpável, a receita da especialista é manter uma dieta que equilibre o consumo de colesterol e triglicérides, exercitar-se diariamente e também fazer aulas de canto, técnica conhecida como fonoterapia. “O paciente exercita as pregas vocais através de terapia da voz para atenuar os inconvenientes da presbifonia”, explica Mary Villar.
Serviço:
Reunião de Otorrinolaringologia, Alergia e Imunologia de Petrópolis
Dia: 22/05/2010
Horário: Das 8h30 às 14h.
Local: Faculdade Arthur Sá Earp Neto
Inscrições: As inscrições podem ser feitas em www.fmpfase.edu.br.
Gratuitas (sem certificado)
R$ 20 (com certificado)
Programação:
8h30 – Abertura
SORL/RJ; ASBAI/RJ; AFM – Academia Fluminense de Medicina (Núcleo de Petrópolis)
9h – O que há de novo em rinoconjutivite alérgica
Palestrante:
Dra. Solange do Vale (UFRJ)
Debatedores:
Dr. André C. Emanuel
Dr. André Luiz Ribeiro
Dr. Atílio Valentini
Dr. Laert Goulart
9h40 – SAHOS (Síndrome da Apnéia Hipopnéia Obstrutiva do Sono)
Palestrante:
Dr. Paulo Tinoco (UNIG/ Itaperuna)
Debatedores:
Dr. Celmir Macacchero
Dr. Luis Carlos V. De A. Junior
Dr. João Vianney
Dra. Renata Oliveira
10h20 – Imunologia do Aparelho Respiratório
Palestrante: Fernando Sion (Uni-Rio)
Debatedores:
Dra. Ana Paula Gamon
Dra. Claudia Salvini
Dr. Paulo C. Guimarães
Dr. Roberto Audyr Barbosa da Silva
11h – Disfonias na Infância e no adulto
Palestrante:
Dr. Roberto Meirelles (UERJ)
Debatedores:
Dr. Julio César Campos
Dra. Mary Laura Villar
Dr. Marcos Rogério Leal de Almeida
Dr. Walmi Bom Braga
11h40 – Brunch
12h20 – Como suspeitar da imunodeficiência primária em pacientes com otites, sinusites, pneumonias de repetição
Palestrante:
Dra. Aluce Loureiro Ouricuri (HSE)
Debatores:
Dr. J. Samuel Kierszembaum
Dr. José Villar
Dra. Luciana Veloso
Dr. Mauro Portugal
13h – Vestibulopatias – Causas e Tratamento
Palestrante:
Dr. Ciríaco C. T. Atherino (UERJ)
Debatedores:
Dr. Francisco Borges
Dra. Marly Sobral
Dr. Riquelme Romero Leal
Dr. Roberto Martinho da Rocha
Assessoria de imprensa da Faculdade de Medicina de Petrópolis