Para as escolas, pode ser uma importante fonte de referências. Para arqueólogos e historiadores de todo o país, uma rica base de pesquisas.
“Consideramos que essa obra contribuirá para pesquisadores, empresários e poder público terem uma visão geral de Santa Catarina na perspectiva arqueológica, podendo, com isso, estabelecer planos e estratégias de pesquisa e, também, gestão do patrimônio arqueológico estadual”, observa a Deisi, professora da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), onde também coordena o Grupo de Pesquisa em Educação Patrimonial e Arqueologia (GRUPEP), uma das mais atuantes equipes na área.
Andreas Kneip, o outro autor do livro, professor da Universidade Federal do Tocantins, acrescenta: “O mapa aponta para áreas de grande concentração de determinados vestígios relacionados a culturas distintas em diversos municípios catarinenses. Isso dá visibilidade à diversidade étnica e cultural que havia no período pré-colonial e serve de subsídios para diversas pesquisas que podem ser desenvolvidas”.
No mapa, encartado no livro, são marcados todos os locais em que há vestígios significativos de ocupações anteriores, e que portanto são considerados sítios arqueológicos. Cada um deles é identificado de acordo com seu tipo – se sambaqui, tupiguarani ou de outra tradição e etnia.
No texto, esses 2.073 sítios arqueológicos são resgatados e registrados, cada qual com uma breve descrição. A listagem é feita por município, com a localização geográfica exata e os principais dados disponíveis sobre eles.
Para produzir a obra, os autores não se limitaram apenas às suas próprias pesquisas, mas levantaram a biografia existente para resgatar trabalhos já realizados por outros pesquisadores, assim como resgataram todas as informações constantes de relatos do IPHAN, Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos do Ministério da Cultura, os repositórios normais dos resultados de pesquisas efetuadas por arqueólogos.
Para dar cabo dessa tarefa, de fazer um registro único e uniforme de todos os sítios arqueológicos, os autores tiveram que padronizar as informações e a forma de registro de cada um deles. Assim, também propõe uma nova sistemática de padronização nos registros, o que não existe até hoje e muitas vezes dificulta o trabalho de arqueólogos que se debruçam sobre pesquisas já realizadas.
Segundo Deisi, “essa proposta de sistematização foi pensada para ser utilizada principalmente pelo IPHAN, o órgão fiscalizador que regulamenta as pesquisas arqueológicas no país. Facilita a identificação do local, pois segue as normas do IBGE”.
Lançamento
28/04 - quinta-feira
Horário: 19horas
Local: salão Nobre – Tubarão
Assessoria de Imprensa - Divulgação Científica
Unisul – Universidade do Sul de Santa Catarina