No colóquio, pesquisadores do Brasil e de países como França, Bélgica, Reino Unido, Espanha e Argentina discutirão a obra influente e múltipla de Barthes, que transitou pela semiologia, pela filosofia e pela crítica literária.
“Il faut choisir: Barthes devant le pari de Pascal”, por Diana Knight (Nottingham University), “Roland Barthes: Ética y moral de las formas”, por Daniel Link (Universidad de Buenos Aires), “La vie comme texte: une tentation de Roland Barthes”, por Philippe Roger (École Pratique de Hautes Études en Sciences Sociales), e "Petite mythologie du ‘mwa’: Roland Barthes, était-il, est-il barthésien?”, por Andy Stafford (University of Leeds), são algumas das palestras programadas.
O colóquio está com inscrições encerradas, mas quem não se inscreveu poderá aproveitar a programação aberta ao público, que conta com eventos artísticos em torno da obra de Barthes.
No dia 24, às 19h, o diretor Helder Mariani e os atores Daniel Kronenberg e Katia Naiane farão uma leitura dramática de trechos das peças Improvisos da Alma, de Eugène Ionesco, e Fragmentos de um discurso amoroso, de autoria de Teresa de Almeida, baseada na obra homônima de Barthes.
No dia 25, às 19h, ocorrerá o lançamento do número especial sobre Barthes da Revista Criação & Crítica, da USP, e de livros de especialistas brasileiros sobre a obra do crítico francês. No encerramento, dia 26, às 18h20, haverá o show do grupo Les Serges, de canções populares francesas.
Exposição
A partir do dia 23 de junho, na exposição Roland Barthes Plural serão exibidos imagens, textos e vídeos do pensador, com curadoria de Rodrigo Fontanari, curadoria adjunta de Gisela Bergonzoni e a assistente de curadoria Juliana Bratfisch.
Entre os destaques da mostra dividida em três espaços, estarão alguns dos livros e revistas de fotografia que Barthes usou na elaboração de A câmara clara (1980), livros da biblioteca do poeta Haroldo de Campos com dedicatórias de Barthes e documentários sobre a obra do autor.
Na primeira sala, que dá nome à exposição, será mostrada a pluralidade de quem foi Barthes, diante das diversas áreas que transitou, como escrita, fotografia, crítica literária e teatral e semiologia. O público poderá conhecer uma faceta desconhecida do pensador, a de pintor amador, por meio de suas aquarelas, que ilustram as capas de suas obras publicadas no Brasil pela editora Martins Fontes.
Na segunda sala, o espaço será dedicado à fotografia, com exibições de um conjunto de fotos inéditas, revistas e livros que inspiraram Barthes para a composição de A câmara clara.
Apesar de Barthes nunca ter visitado o Brasil, sua obra ganhou muitos admiradores no país, como Haroldo de Campos. A terceira sala da exposição é inspirada em um encontro entre os dois, em 1969, em Paris. No espaço, estará exposto o livro Sade, Fourier, Loyola (1971) com uma dedicatória a Campos e alguns livros que pertencem ao acervo da Casa das Rosas, com anotações e grifos do poeta brasileiro sobre a obra barthesiana.
Mais informações: https://barthesplural2015.wordpress.com
Agência FAPESP