O trabalho do naturalista deu origem também ao projeto Flora brasiliensis On-Line e Revisitada. O projeto incluiu a atualização da nomenclatura utilizada no trabalho original de Martius e a inclusão de espécies descritas depois de sua publicação com novas informações e ilustrações recentes.
A exposição apresenta também uma comparação das imagens produzidas por Martius no século 19 com fotografias atuais de plantas e biomas, além de retratar alguns dos resultados de pesquisas realizadas no âmbito do projeto Flora fanerogâmica do Estado de São Paulo e do programa BIOTA-FAPESP.
O programa reúne pesquisas sobre caracterização, conservação, recuperação e uso da biodiversidade do Estado de São Paulo.
“O Programa BIOTA-FAPESP ampliou o campo do conhecimento sobre a biodiversidade de São Paulo e também desempenha um importante papel no campo das políticas públicas no tema do zoneamento ambiental do estado”, disse Celso Lafer, presidente da FAPESP, na cerimônia de abertura da exposição.
“O BIOTA-FAPESP também serviu de exemplo para a Convenção da Biodiversidade [da Organização das Nações Unidas (ONU)], criar uma plataforma para avaliação da biodiversidade mundial, a exemplo do que o IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas] fez em relação ao clima”, destacou.
A exposição, composta por 37 painéis, com reproduções de imagens, ilustrações e textos explicativos, permanecerá aberta ao público até o dia 8 de maio de 2015.
Antes de Buenos Aires, a mostra já passou pelas cidades de Berlim, Bremen, Leipzig, Heidelberg, Eichstätt e Munique, na Alemanha, além de Toronto (Canadá), Washington, Cambridge, Morgantown, Charlotte, Chapel Hill, Raleigh, Berkeley e Davis (Estados Unidos), Salamanca e Madri (Espanha), Tóquio (Japão), Londres (Reino Unido) e Pequim (China).
“Biodiversidade é um tema com significado especial tanto para o Brasil como para a Argentina e é uma grande satisfação ajudar a trazer essa exposição para Buenos Aires”, disse Everton Vieira Vargas, embaixador do Brasil na Argentina.
Os painéis digitalizados da exposição também pode ser vistos com legendas em português, inglês, alemão e espanhol no site www.fapesp.br/publicacoes/braziliannature/.
Agência FAPESP