Para celebrar a inauguração, o Departamento de Informática Biomédica da OSU promoverá, no dia 27, o seminário “Brazilian Nature and Our Scientific Partnerships”, no qual serão debatidos temas educacionais e de pesquisa de interesse conjunto para os Estados Unidos e o Brasil.
A cerimônia de abertura contará com Daniel Janies, professor na Faculdade de Medicina da OSU, Caroline Whitacre, vice-presidente de Pesquisa da OSU, e Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute no Wilson Center. Erich Grotewold, do Departamento de Genética Molecular, e Luciano Verdade, da Universidade de São Paulo e membro da coordenação do programa BIOTA-FAPESP, serão outros dos pesquisadores que se apresentarão no evento.
A exposição Brazilian Nature tem como referência principal a Flora Brasiliensis, obra do botânico alemão Carl Philipp von Martius (1794-1868), que permanece como o mais completo levantamento da flora brasileira.
Com reproduções de imagens, ilustrações e textos explicativos, os 37 painéis que compõem a exposição foram concebidos com base nos dados provenientes de três projetos apoiados pela FAPESP: a Flora Brasiliensis On-line e Revisitada, a Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo e o programa BIOTA-FAPESP.
Representantes dos três projetos auxiliaram na compilação do conteúdo da mostra, que já foi apresentada com sucesso no Museu do Jardim Botânico de Berlim, em 2008, na Haus der Wissenschaft, em Bremen, em 2009, na Universidade de Leipzig e no Woodrow Wilson Center (Washington), em 2011, e que também está em cartaz até 29 de junho no Museu da Universidade de Heidelberg.
“É importante mostrar que o Brasil está atento à sua biodiversidade da maneira mais sofisticada, que consiste em tratá-la como objeto de programas de pesquisa bem organizados, bem preparados e com resultados de impacto mundial”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.
“O fortalecimento das relações entre os Estados Unidos e o Brasil pode ser atestado pelas recentes visitas recíprocas de seus presidentes, bem como pelo trabalho conjunto realizado por cientistas apoiados pela FAPESP e pela NSF. A relação da Ohio State University com o Brasil também continua crescendo. Temos, por exemplo, muitos projetos de pesquisa conduzidos conjuntamente com cientistas brasileiros. Em 2012, realizaremos na OSU um encontro com cientistas e educadores dos dois países e viajaremos para realizar pesquisas no Brasil”, disse Janies, que organizou o seminário e foi o principal responsável por levar a exposição Brazilian Nature para Columbus.
Exposição em três vertentes
O projeto da Flora Brasiliensis On-line e Revisitada, que corresponde à primeira parte da exposição, representa uma continuidade ao trabalho de Martius, que teve seu último volume publicado depois da morte do autor, em 1906.
Em 2006, o projeto disponibilizou na internet a versão integral da obra de Martius, com 10.207 páginas com os textos das descrições das quase 23 mil espécies e as quase 4 mil ilustrações. O Flora Brasiliensis On-line e Revisitada inclui a atualização da nomenclatura utilizada no trabalho original de Martius e a inclusão de espécies descritas depois de sua publicação, com novas informações e ilustrações recentes. O trabalho foi financiado por uma parceria entre FAPESP, Fundação Vitae e Natura Cosméticos e executado pelo Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria), pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pelo Jardim Botânico de Missouri, nos Estados Unidos. O Flora Brasiliensis On-line está disponível em http://florabrasiliensis.cria.org.br.
A segunda parte da exposição remete ao projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, iniciado em 1993 com a participação de mais de 200 pesquisadores. O projeto reúne pesquisadores da USP, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), dos institutos Botânico, Florestal e Agronômico e do Departamento de Parques e Áreas Verdes da Prefeitura de São Paulo. Pesquisadores da Embrapa, de outros estados brasileiros e de outros países também contribuem.
O terceiro elemento da exposição ultrapassa os limites da botânica e aborda a biodiversidade de forma mais geral, correspondendo ao programa BIOTA-FAPESP, cujos resultados têm sido aplicados como instrumento de preservação ambiental no território paulista.
Os painéis digitalizados da exposição Brazilian Nature podem ser vistos, com legendas em português, inglês e alemão, no endereço www.fapesp.br/publicacoes/braziliannature.
Agência FAPESP