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Ciência e Tecnologia
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A assinatura de um convênio celebrado entre Centro de Componentes Semicondutores (CCS) da Unicamp, Universidade Presbiteriana Mackenzie e Observatório de Paris, há uma semana, permitirá a realização de pesquisas científico-tecnológicas de sensores de raios-T com aplicações aeroespaciais.
O convênio também prevê o apoio ao desenvolvimento de experimento espacial com sensor fotométrico na faixa dos raios-T para observações de explosões solares acima da atmosfera terrestre, a ser instalado em plataforma transportada por balão estratosférico ou satélite artificial. A cooperação acontece num período de cinco anos, quando já se espera vislumbrar o desenvolvimento de dispositivos, além da observação e interpretação das explosões solares.

Ao CCS da Unicamp caberá desenvolver os componentes e subsistemas para sensores de raios-T em parceria com o Centro de Rádio-Astronomia e Astrofísica da Escola de Engenharia Mackenzie, a serem empregados para sensoriamento de radiação de explosões solares conjuntamente com outros instrumentos de medida, e o Laboratório de Estudos Espaciais e de Instrumentação para Astrofísica do Observatório de Paris, estação de Meudon, as análises dos resultados que partem das medidas obtidas com os novos sensores. Na Unicamp, o diretor do CCS Newton Frateschi é o executor do convênio e o professor do Mackenzie e pesquisador do CCS, Pierre Kaufmann, o coordenador do projeto. Da parte do Observatório de Paris, o executor é Gerard Trotter.

Os raios-T envolvem frequências terahertz (unidade de medida de frequência eletromagnética equivalente a um trilhão de hertz), compreendidas entre as ondas de rádio mais curtas e ondas correspondentes ao visível. E é nesta faixa que a tecnologia de sensores está, no limite do conhecimento, dirigida a aplicações novas em biomedicina, prospecção de materiais, sensoriamento de substâncias ocultas, formação de imagens do interior de estruturas sensoriamente da atmosfera, fotometria de radiações produzida por partículas aceleradas a grandes energias em laboratórios e no espaço. 

As técnicas na prática poderão trazer aplicações civis e militares de vanguarda em segurança, sensoriamento de objetos e veículos camuflados e prospecção de campos de batalha. “Pela motivação astrofísica, o projeto acabará desencadeando uma série de experimentos ainda inéditos", revela Frateschi. "Trata-se de um encadeamento sem que se fale onde termina a ciência e onde começa o desenvolvimento”, enfatiza Frateschi. Algumas das pesquisas do CCS em andamento são o desenvolvimento de materiais e filtros para a faixa de terahertz, espacialização dos componentes para serem colocados no espaço e interpretação de medidas.

Comunicação Social Unicamp