“O consumo de chás também tem limite para não se tornar prejudicial”, relata. É o caso das gestantes, que, segundo ele, devem fazer uso somente com orientação de um profissional da área.
Sobre consumir chás de folhas secas ou frescas, Oliveira destaca que as duas formas são benéficas, e quando são desidratadas corretamente pode ser ainda melhor, pois seus princípios ativos ficam concentrados, além de ser uma maneira de não faltar essas plantas em determinadas estações do ano. O docente também pontua que é preferível o consumo do chá na hora que é feito, sem o armazenamento. “Fazer um bom uso, com a dosagem certa e na forma correta quanto à manipulação, é o que nos garante uma eficácia no tratamento”. E essas plantas também podem ser utilizadas de outras formas, como para produção de unguentos (pomada), na aplicação de cataplasma (papa medicamentosa), além de banhos. “No banho, elas ajudam a relaxar e transcende o corpo físico, reorganizando a energia”, frisa Oliveira.
Diretamente do pé – A professora doutora em Agronomia, Ana Cláudia Pacheco, destaca que o cultivo caseiro de plantas medicinais é possível tanto em vasos, jardineiras, como em canteiros. O local escolhido deve ter exposição solar pelo menos durante um período do dia. “O solo deve receber adubação correta e ter irrigação constante. No caso de apartamentos, o cuidado é com as sacadas, locais onde a presença de ventos fortes e sol intenso podem atrapalhar o desenvolvimento das plantas”.
Colheita e Poda – “No caso de plantas que permitem vários cortes/podas, como a hortelã, o manjericão, o alecrim e a sálvia, é importante usar instrumentos sanitizados e sempre cortar o ramo todo (+ folhas). Orienta-se deixá-los com uma altura de pelo menos 15 cm acima do solo, para a sua rápida regeneração. A colheita deve ser sempre nas horas mais frescas do dia e o consumo o mais rápido possível para não ocorrer perda das substâncias ativas”, conta Ana Cláudia.
Cuidado! É comum confundir plantas semelhantes no aspecto físico e também no nome popular. Por exemplo, o capim-cidreira com a citronela, e o hibisco com o hibisco ornamental. “Deve-se tomar muito cuidado, pois a citronela não é para ingerir”. A Dra. Ana Cláudia salienta que é extremamente necessário saber qual é o nome científico da planta, o qual é único para cada espécie.
Para cada desconforto, uma planta:
• Cólicas, gases e diarreia: capim-cidreira, hortelã, alecrim, alfazema, carqueja e erva-doce
• Insônia e ansiedade: capim-cidreira, camomila e alecrim
• Resfriado, gripe e sinusite: camomila, alecrim, carqueja e erva-doce
• Problemas digestivos: alfazema, alecrim e erva-doce
*Estas são algumas das mais comuns. A Anvisa disponibiliza uma relação das plantas utilizadas nos serviços de Fitoterapia do SUS.
Assessoria de Imprensa Unoeste