A autoclave é integrada por mais de uma opção de esterilização: "calor úmido", "ozônio", "ultravioleta" e a conjugação de ozônio com ultravioleta.
O desenvolvimento do equipamento corresponde ao projeto de mestrado em Física Aplicada do pesquisador Bruno Pereira de Oliveira (25). De acordo com Bruno, as vantagens do novo aparelho são as opções de esterilização oferecidas, que permitem eliminar os microrganismos dos equipamentos odontológicos que, muitas vezes, são compostos por diferentes tipos de materiais, incluindo objetos mais sensíveis, como aqueles que contêm fibra óptica ou que não podem receber umidade.
Ao contrário dos métodos tradicionais de esterilização, baseados no calor úmido, a autoclave desenvolvida no Grupo de Óptica pode, inclusive, eliminar bactérias de componentes eletrônicos, sem danificá-los: "Como o nosso equipamento oferece múltiplas opções de esterilização numa única plataforma, é possível esterilizar os vários utensílios sem causar qualquer dano, escolhendo o método a ser utilizado".
Antes de serem inseridos na autoclave, os utensílios são introduzidos em embalagens que os mantêm livres de agentes microbiológicos (contaminação cruzada), evitando a transmissão de doenças infectocontagiosas. "Sempre que um especialista faz algum procedimento num paciente, é preciso esterilizar os materiais utilizados. Isso é uma norma de segurança internacional, que protege tanto o profissional como os pacientes”, relembra.
Após a criação do protótipo, estão sendo realizados testes de eficiência do aparelho multifuncional. Juntamente com engenheiros do Grupo de Óptica do IFSC/USP, Bruno e seu orientador já depositaram a patente do equipamento, que agora se encontra em fase final de testes para a sua confecção e a conclusão do relatório de transferência tecnológica para a empresa especializada sediada em São Carlos (SP), que por sua vez fará o levantamento mercadológico e a certificação da autoclave junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANVISA.
Bruno destaca que projetos como este, que criam oportunidade para a ciência contribuir com o setor econômico, são de extremo interesse da Universidade de São Paulo. O trabalho descrito acima faz parte do Projeto Engenheiros do Laboratório de Apoio Tecnológico do Grupo de Óptica, em colaboração com microbiologistas do laboratório de Biofotônica do IFSC, tendo, assim, todo o suporte e discussões necessários devido à multidisciplinaridade contida neste projeto, que inclui forte interação entre a academia e o setor produtivo.
Assessoria de Comunicação - IFSC/USP