O repasse financeiro se dará por meio de acordo entre a BARDA e a Organização Mundial de Saúde para a expansão da capacidade de pesquisa e produção de vacinas no Brasil.
Os recursos serão investidos em equipamentos e insumos para o desenvolvimento da vacina contra a doença. O acordo também prevê cooperação técnica entre os especialistas em vacinas da BARDA e os pesquisadores do Instituto Butantan.
“O Butantan já vem trabalhando no desenvolvimento de uma vacina de vírus inativado. Este tipo de vacina tem desenvolvimento científico e tecnológico mais rápidos e, por usar vírus não infectante, tem aprovação pelos órgãos reguladores, como a Anvisa, facilitada”, destaca o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil. Atualmente, a instituição está no estágio de imunização do vírus inativado em roedores.
Nos últimos meses, os pesquisadores do Butantan trabalharam no processo de cultura, rendimento, purificação e inativação do vírus em laboratório.
Os próximos passos envolvem testes de toxicidade do produto em animais e análise de uma área industrial para a produção do imunobiológico. A expectativa do Instituto Butantan é que a vacina possa estar disponível para os primeiros testes em humanos já no primeiro semestre de 2017.
“O investimento reconhece a excelência do Instituto Butantan na pesquisa e produção de novos imunobiológicos. A parceria permitirá que a instituição prossiga na produção de uma vacina contra o Zika vírus, contribuindo para o avanço das pesquisas científicas no país”, afirma Kalil.
Agência FAPESP