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O governo dos Países Baixos deverá destinar substancial apoio financeiro para o desenvolvimento de parceria público-privada entre instituições holandesas e brasileiras no setor de biocombustíveis. Os valores do financiamento ainda não foram definidos. Mas a expectativa é de um salto de qualidade na colaboração Holanda-Brasil. O programa prevê a participação de agências de fomento, universidades, institutos de pesquisa e empresas.
O anúncio foi feito por Hans Schutte, diretor-geral do Ministério da Educação, Cultura e Ciência dos Países Baixos, durante o “Workshop Brazil-Netherlands Public-Private Collaboration on Biorefineries (Workshop Brasil-Holanda sobre Colaboração Público-Privada em Biorrefinarias).

Realizado em 23 de novembro na sede da FAPESP, em São Paulo, o evento teve a presença de Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação, entre outros participantes.

“Precisamos ainda acertar os detalhes. Mas estou feliz em anunciar que o governo holandês pretende apoiar a colaboração holandesa-brasileira ao longo dos próximos anos”, disse Schutte. E, dirigindo-se aos pesquisadores presentes, acrescentou: “Estimulo todos vocês a elaborarem planos ambiciosos. Daremos início ao programa em minha próxima visita ao Brasil, em março ou abril de 2016”.

O workshop fez um balanço da colaboração entre instituições dos dois países no campo dos biocombustíveis e propôs o novo programa público-privado, com foco em biorrefinarias sustentáveis, biocombustíveis e produtos químicos avançados, pré-tratamento da matéria-prima e formação de profissionais altamente qualificados.

Os Países Baixos dispõem de um grande consórcio público-privado para o desenvolvimento de soluções industriais baseadas em biotecnologia: o BE-Basic (Biotechnology based Ecologically Balanced Sustainable Industrial Consortium). O consórcio iniciou suas atividades em 2010, com um orçamento de €120 milhões, metade destinada pelo Ministério de Assuntos Econômicos, Agricultura e Inovação dos Países Baixos e metade por universidades, institutos de pesquisa e empresas.

A FAPESP mantém acordos de cooperação com o BE-Basic desde 2010. A Fundação apoiou, ao todo, dez auxílios à Pesquisa, cinco em andamento e outros cinco já concluídos.

A expectativa holandesa em relação ao novo programa está relacionada com uma transição na matriz energética do país europeu. O governo dos Países Baixos definiu, para 2050, um cenário com 50% de biocombustíveis na aviação, 33% na marinha e 17% no transporte rodoferroviário.

Agência FAPESP