Varistores são equipamentos que protegem as linhas de transmissão em caso de oscilação de tensão. São, em geral, constituídos por uma cápsula de material cerâmico dentro da qual são superpostas pastilhas formadas por óxido de zinco (ZnO). “No caso da queda de um raio sobre uma dessas linhas, o excesso de tensão é enviado para a terra”, explica José Arana Varela, vice-diretor do CDMF e diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo (CTA) da FAPESP.
Estudo de pesquisadores do CDMF, liderados por Varela, substituiu o ZnO por dióxido de estanho (SnO2). “O óxido de zinco, que é utilizado desde a década de 1950, tem alto grau de degradação. O SnO2 requer quantidade menor de outros óxidos na composição das pastilhas, tem alto poder operacional, desgaste menor e vida útil maior”, compara Varela. “O potencial de proteção do dióxido de estanho é de 85% e o de óxido de zinco, 30%.”
Essas potencialidades, identificadas no âmbito de pesquisa fundamental desenvolvida pelo CDMF, precisam agora serem testadas na prática. “Fomos convidados a apresentar a nossa proposta no encontro de Munique, que reuniu fabricantes de equipamentos para linhas de transmissão”, ele conta. “Precisamos de parceiros para desenvolver experimentos que confirmem as vantagens do material em ambiente de altíssima corrente. Houve interesse de alguns fabricantes de auxiliar nesses testes.”
Agência FAPESP