Mas a produção e a utilização de nanotubos de carbono em escalas de milhões de toneladas ainda estão longe de ser alcançadas por causa dos desafios existentes na produção, purificação, dispersão e aplicação comercial do material.
A avaliação foi feita por Fei Wei, diretor do Laboratório de Engenharia de Reação de Química Verde de Beijing, durante palestra no Simpósio Brasil-China para Colaboração Científica – FAPESP Week Beijing , realizada na semana passada em Beijing, na China.
“Quando o preço dos nanotubos de carbono diminuir para cerca de US$ 10 o quilograma, poderá ser possível utilizá-los como compósitos condutores em uma escala de milhões de toneladas e substituir as cargas de negro de carbono convencionais utilizadas hoje”, estimou Fei, que também é professor da Tsinghua University, na China.
De acordo com o pesquisador, o conhecimento básico de mecanismos eficientes de crescimento e de rotas para a produção de nanotubos de carbono, além de questões ambientais, de segurança, e os modelos de comercialização do material ainda são insuficientes e devem ser mais bem explorados.
“O fosso existente hoje entre a pesquisa básica de nanotubos de carbono e o desenvolvimento industrial deve ser superado com pesquisa multidisciplinar, para possibilitar o rápido crescimento da indústria de nanotubos de carbono”, indicou Fei.
Agência FAPESP