“Poderá ser visto a olho nu desde o começo da noite ao leste, ou seja, no nascente. Estará ‘perto’ (angularmente) da estrela Espiga (ou Spica) da constelação da Virgem”, diz.
- A distância entre os planetas será de 93 milhões de quilômetros. E o seu brilho “rivalizará” com o da estrela Sirius do Cão Maior, a mais brilhante do céu noturno – diz.
Outro fenômeno instigante do mês acontecerá no dia 15: o eclipse total da Lua. Barroso diz que sua visibilidade será ampla, mas irá favorecer os locais situados mais para o oeste do Brasil e do continente, principalmente quanto à sua parte final.
Segundo o pesquisador, os dados de suas fases mais importantes, em relação ao horário de Brasília são: início aproximadamente às 3h da madrugada (no lado poente), meio do eclipse total às 4h46min (já próximo ao clarear do dia no Rio de Janeiro, por exemplo) e final às 6h33min. “A duração do eclipse total, ou seja, a Lua imersa no cone de sombra da Terra será de 78 minutos”, relata.
O astrônomo João Batista Garcia Canalle, coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), destaca que, durante a evolução do fenômeno, a Lua estará entre a estrela Espiga e Marte. “E por estar mais próximo da estrela, fará do evento algo particularmente atraente”.
- A tonalidade alaranjada que o nosso satélite natural costuma apresentar durante a fase de totalidade é uma característica desses eclipses. A luz proveniente do Sol que atinge a atmosfera da Terra é desviada sobre a Lua eclipsada, porém a atmosfera da Terra retém o lado azul do espectro de cores do Sol, resultando na cor alaranjada – explica.