Os experimentos tiveram início em 2010, como parte de projeto em que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pretendia instalar uma Unidade de Referência Tecnológica (URT) em Presidente Prudente. Orientado pelo professor Dr. Juliano Carlos Calonego, Almeida deu prosseguimento à iniciativa numa área de oito hectares, o equivalente a 80 mil metros quadrados, no Campo Experimental Agrícola da Unoeste, no campus II. Em cinco talhões trabalhou os cultivos de soja, milho, brachiaria e eucalipto.
No talhão 1 desenvolveu a integração lavoura, pecuária e floresta, no 2 a integração soja e lavoura, no 3 o plantio convencional, no 4 com área de pastagem irrigada e no 5 com área de pastagem degradada. No 1º foi feito o cultivo consorciado de soja com eucalipto, no verão, e brachiaria, no inverno, para pastagem do gado. No 2º houve o consórcio de milho e brachiaria, sendo que após a colheita do cereal ficou o pasto. No 3º, primeiro a brachiaria e depois a soja. Foram duas safras: a 2010/2011 e a 2011/2012.
A pesquisa dividiu os experimentos em dois capítulos. O primeiro esteve voltado à melhoria do solo, visando o cultivo da soja. “O plantio com semeadura direta é viável por melhorar as características físicas e químicas do solo, além de melhorar o aproveitamento da água no solo. O plantio pelo sistema convencional, com o preparo do solo, nos dois primeiros anos apresentou melhor resultado que na semeadura direta. Porém, após esse período, o plantio direto se mostrou mais viável que o convencional, resultando em maior produtividade”, contou Almeida.
No segundo capítulo, o experimento foi sobre a produção de soja em diferentes posições entre renques de eucalipto. A intenção era avaliar se o sombreamento do eucalipto iria interferir na produção da soja. “Houve influência, causando redução de produção”, disse o pesquisador e ofereceu informações de que a plantação do eucalipto foi no sentido norte-sul, seguindo as curvas de níveis, sendo três metros entre linhas e um metro entre plantas, com a distância de 15 metros (destinados à soja) de um renque ao outro.
Em banca de defesa pública a dissertação de Almeida foi avaliada pelos doutores Edemar Moro, que integra o Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia da Unoeste, e Rodrigo Arroyo Garcia, da Embrapa Agropecuária Oeste, sediada em Dourados (MS). Almeida foi aprovado para receber o título de mestre em Agronomia, junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação. Formado pela turma de 2009 na graduação em Agronomia da Unoeste, Almeida é de Capão Bonito, na região de Itapetininga, no sudoeste paulista. Trabalha na empresa de consultoria agronômica Detec, em Taquarituba, na mesma região.