Criado pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Inpe, o modelo brasileiro irá se juntar aos mais avançados modelos meteorológicos e de qualidade do ar na “Ação ES1004: Sistema europeu para a modelagem integrada on-line de qualidade do ar e meteorologia”.
Para ser testado e avaliado, o modelo do CPTEC deverá ser adaptado às condições da Europa. Um dos desafios, de acordo com o Inpe, é a falta de dados observados de química da atmosfera para avaliar o modelo, realidade totalmente diferente da encontrada na Europa, provida de ampla rede de dados.
A equipe do Inpe pretende levar ao programa europeu a preocupação brasileira com os efeitos dos aerossóis (originados principalmente a partir da fuligem das queimadas) e do balanço de energia (radiação térmica), cujos impactos afetam o clima e os regimes de chuva.
Nas grandes metrópoles, a poluição e o aquecimento estão correlacionados com o aumento da incidência de chuvas intensas e rápidas, que provocam instabilidade na rede de energia elétrica, inundações, entre outros problemas urbanos.
O modelo de monitoramento e previsão da qualidade do ar do CPTEC, apesar de desenvolvido e mantido por um pequeno grupo de pesquisadores, em menos de 10 anos de operação já obteve importantes marcos de reconhecimento internacional.
O Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas (NCAR, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, incorporou o modelo de emissão e transporte de poluentes do modelo do CPTEC ao seu modelo meteorológico.
Mais informações: www.inpe.br
Agência FAPESP