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Uma das principais empresas do mundo na área de infraestrutura e transmissão de energia, a multinacional francesa Alstom anunciou este mês a construção de seu Centro Global de Tecnologia na América Latina, na cidade de Taubaté (SP). A companhia também divulgou as primeiras universidades parceiras do centro: a Unesp e a Universidade Federal de Itajubá (MG). A cooperação deve permitir o financiamento de futuros programas de pós-graduação relacionados ao mercado hidrelétrico.
A criação do centro no país é reflexo de uma decisão estratégica da empresa de descentralizar seu centro de pesquisa e desenvolvimento de Grenoble, na França. Assim foram criadas outras unidades de pesquisa em países como India, Suíça, Canadá e, agora, Brasil.

A divisão brasileira será a primeira desse grupo a reunir todas as competências técnicas – turbinas, geradores, reguladores, comando e controle, equipamentos hidromecânicos e de levantamento. O centro também estará ligado a programas de excelência em fabricação.

O professor José Celso Freire Júnior, assessor-chefe da Assessoria de Relações Internacionais da Unesp (Arex), explica que nesses centros, a cooperação com as universidades é tratada como uma das atividades de maior importância. “Ser parceira desta iniciativa muito orgulha a instituição e comprova sua excelência”, diz.

A Alstom, juntamente com outras empresas, também é fundadora do Centro de Excelência da Universidade Federal do Acre, uma iniciativa voltada para a formação de especialistas em infraestrutura e setor hidrelétrico na região Norte.

Pequenas quedas d’água

O novo Centro Global de Tecnologia estará localizado em uma das maiores indústrias do segmento hidrelétrico da Alstom no mundo, com capacidade para fabricar todos os equipamentos eletromecânicos para usinas hidrelétricas no Brasil e também para projetos no exterior.

“Especialistas em Pesquisa e Desenvolvimento da França trabalharão com os brasileiros nos primeiros anos de implementação. Após esse período de transição, nossa perspectiva é que esse centro tenha apenas profissionais brasileiros, promovendo o conhecimento nacional e investindo no crescimento local”, afirma Marcos Costa, vice-presidente de Energias Renováveis e Energia Térmica da Alstom na América Latina.

O principal foco da unidade é a turbina Kaplan, ideal para projetos hidrelétricos de baixas quedas (até 55 metros). O Brasil é responsável por 45% do mercado global futuro das turbinas Kaplan e junto aos países asiáticos compõe 80% do segmento.

Esse tipo de turbina é capaz de se adaptar ao fluxo de água no rio, o que gera produção o ano todo, tanto em períodos de fortes chuvas quanto em épocas de baixa capacidade. Ela colabora, ainda, para preservar o meio ambiente, porque pode ser usada em reservatórios com pequenas áreas inundadas. Também é a melhor solução para usinas a fio d'água, que, segundo a Alstom, representam o futuro do mercado brasileiro.

“A América Latina é uma região fundamental de desenvolvimento para nós e estamos confiantes de que esse centro de tecnologia em Taubaté será o condutor de novas oportunidades e projetos bem-sucedidos”, diz Jérôme Pécresse, presidente mundial do setor de Energias Renováveis da Alstom.

Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp com informações da Alstom-Brasil Comunicação