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Uma das principais características das células cancerígenas é que determinadas regiões de seu DNA tendem a se duplicar muitas vezes, enquanto outras são eliminadas. Essas alterações genéticas costumam auxiliar as células a se tornar mais malignas, tornando-as mais capazes de crescer e se espalhar pelo corpo. Um grupo de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, descobriu que a estrutura tridimensional do genoma das células tem um papel fundamental em determinar quais partes do DNA têm mais chances de serem alteradas nas células tumorais.
Os pesquisadores, liderados por Leonid Mirny, do MIT, desenvolveram uma técnica para comparar a arquitetura em 3D da cromatina (complexo de DNA e proteínas dentro do núcleo celular) com aberrações cromossômicas frequentemente observadas em cânceres.

O estudo, publicado no dia 20 de novembro na revista Nature Biotechnology, mostrou que quaisquer dois pontos que rotinamente se encontram têm mais chances de formar o final da molécula de DNA que é cortado ou duplicado.

“Aparentemente, as aberrações cromossômicas no câncer são formatadas pela estrutura do cromossomo”, disse Mirny. Segundo ele, o estudo revela mecanismos que poderão ajudar a apontar locais que hospedam genes causadores de câncer e ainda não identificados.

Os cientistas pretendem analisar genomas em 3D de diferentes tipos de câncer, para verificar se alterações que costumam ocorrem em tumores no fígado, por exemplo, são diferentes dos que atingem o pulmão.

O artigo High order chromatin architecture shapes the landscape of chromosomal alterations in cancer (doi:10.1038/nbt.2049), de Leonid Mirny e outros, pode ser lido por assinantes da Nature Biotechnology em www.nature.com/nbt.

Agência FAPESP