Diferentemente de Tattoine – o planeta-natal da família Skywalker –, o Kepler-16b é frio e gasoso. Segundo a Nasa, sua descoberta demonstra a diversidade dos planetas existentes na Via Láctea.
“Essa descoberta confirma uma nova classe de sistemas planetários que pode conter vida. Como a maioria das estrelas em nossa galáxia é parte de um sistema binário, isso implica que as oportunidades para a existência de vida são muito maiores do que se os planetas se formassem apenas em sistemas com uma estrela”, disse William Borucki, principal pesquisador da missão Kepler.
Segundo o cientista, a descoberta confirma uma teoria que os cientistas têm há décadas, mas que até agora não havia sido comprovada. A análise dos dados obtidos pelo telescópio espacial Kepler foi feita no Instituto Seti, na Califórnia.
O planeta, do tipo de Saturno, leva 229 dias para orbitar as duas estrelas. As estrelas têm tamanhos diferentes, com a maior tendo 69% da massa do Sol, e a menor, 20%. Segundo os cientistas, o planeta deve ter se formado a partir do mesmo disco de poeira e gás que deu origem às estrelas.
A descrição do Kepler-16b será publicada na sexta-feira (16/09) na revista Science.
O artigo Kepler-16: A Transiting Circumbinary Planet (doi:10.1126/science.1210923), de Laurance R. Doyle e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
Mais informações: www.nasa.gov/kepler.
Agência FAPESP