Outra vantagem desse teste é a quantidade da amostra: com apenas uma picada no dedo é possível conseguir a quantidade de sangue suficiente para verificar o nível de troponina, por exemplo.
A agilidade no resultado por meio desses testes (10 minutos para o valor da troponina) é outro diferencial a ser considerado, pois permite um diagnóstico mais preciso.
O teste é transmitido, junto com o eletrocardiograma, por sinal de telefonia celular ao hospital estadual Dante Pazzanese, onde cardiologistas de plantão fazem o diagnóstico.
Três hospitais da rede estadual (Conjunto Hospitalar do Mandaqui, Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos e Instituto Dante Pazzanese) participam do projeto piloto, e a meta é expandir progressivamente o sistema para todas as unidades com atendimento de urgência, com o objetivo de diminuir a mortalidade por infartos.
“Queremos que todos os hospitais da rede pública paulista alcancem os índices de padrões mundiais de detecção de infartos que hoje o Dante Pazzanese já possui”, disse Ricardo Tardelli, coordenador estadual de Saúde.
Idealizado pela divisão de Bioengenharia do Dante Pazzanese, sob coordenação do engenheiro Cantídio de Moura Campos Neto, o serviço utiliza sinal de celular para encaminhar o exame à central de laudos e enviar o laudo à unidade solicitante, em um período médio de 20 minutos.
O serviço de tele-eletrocardiograma conta com uma equipe especializada de 14 cardiologistas e funciona 24 horas por dia. Em todo o Estado e São Paulo, já são 75 hospitais, ambulatórios e postos de saúde integrados à Central de Laudos do Instituto Dante Pazzanese. Em 2010, mais de 170 mil exames foram realizados por esse sistema.
Mais informações: www.saude.sp.gov.br
Agência FAPESP