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sao-pauloA Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), em parceria com a Prefeitura de Campo Grande (MS) e as organizações WWF-Brasil, ecosSISTEMAS e Global Footprint Network (GFN), apresentou no último dia 13 os resultados do cálculo da pegada ecológica de Campo Grande, no Mato Grosso. De acordo com o estudo, que avaliou os hábitos de consumo da população de Campo Grande, a pegada ecológica da cidade é de 3,14 hectares globais por pessoa.
A pegada ecológica de um lugar, comunidade ou indivíduo é o tamanho das áreas produtivas necessárias para sustentar determinado estilo de vida. Ou seja, é a extensão de território, em hectares, que uma pessoa ou sociedade utiliza, em média, para se alimentar, viver, locomover ou vestir, entre outros hábitos.

O número apresentado é superior à média global de 2,7 hectares per capita. No entanto, esses dados são mais preocupantes ao se considerar a biocapacidade disponível para cada ser humano de apenas 1,8 hectare, segundo a ecosSISTEMAS.

A pesquisa foi exposta por Michael Becker, coordenador do Programa Pantanal-Cerrado da WWF Brasil, em evento organizado pelo professor Ricardo Abramovay, do Departamento de Economia da FEA-USP, no qual foram discutidos os potenciais da pegada ecológica como indicador de sustentabilidade, ferramenta para a gestão pública, instrumento de mobilização da sociedade civil e orientador sobre o papel das empresas e cadeias produtivas sustentáveis.

Segundo a WWF Brasil, a escolha de Campo Grande para ser a primeira a testar a metodologia deveu-se à localização – fica próxima ao Pantanal, um dos biomas mais importantes do país – e ao perfil parecido com as demais cidades brasileiras.

O objetivo da pesquisa foi a criação da uma ferramenta de gestão para ajudar no planejamento e na gestão pública, além de mobilizar a população para rever seus hábitos de consumo e escolher produtos mais sustentáveis. Outra iniciativa que pretendem com a nova metodologia é estimular empresas a melhorar suas cadeias produtivas.

Mais informações: www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/ ?28163/Campo-Grande-calcula-sua-pegada-ecologica

Agência FAPESP