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A partida já acabou, mas o jogador se recusa a deixar o campo. Lançada em 7 de fevereiro de 1999, a sonda Stardust já cumpriu sua missão – de voar cerca de 3 bilhões de quilômetros para retirar partículas de poeira do cometa Wild e outros tantos para retornar à Terra –, mas continua em operação. As amostras do cometa vieram com a unidade de retorno, em 2006, quando a sonda passou pela Terra – e vem sendo analisados por cientistas desde então –, mas o veículo da Nasa, a agência espacial norte-americana, continuou seu caminho. “Colocamos a Stardust em ‘manobra de estacionamento’, em uma órbita que a trará de volta à Terra em alguns anos e pedimos à comunidade científica propostas de outras tarefas que ela possa executar, uma espaçonave que tem muitos zeros no odômetro mas ainda muito combustível para voar”, disse Jim Green, diretor da Divisão de Ciência Planetária da Nasa.
Uma das propostas foi escolhida em 2007, a de retornar ao cometa Tempel 1, alvo de uma missão anterior, em 2005 – a Deep Impact, que acertou o cometa com um impactador de mais de 300 quilos para poder analisar aspectos químicos e físicos internos.

“Agora, queremos ser mais amigáveis com o Tempel 1. Chegaremos a cerca de 200 quilômetros de sua superfície e poderemos ver quais foram as mudanças no cometa nesses últimos cinco anos”, disse Joe Veverka, pesquisador principal dessa nova missão.

A Stardust atingirá o ponto máximo na aproximação com o Tempel 1 na segunda-feira (14), às 14h56 (hora de Brasília). Em seguida, as primeiras imagens do cometa serão feitas e transmitidas à Terra. Serão produzidas 72 imagens e cada uma levará 15 minutos para chegar ao controle da missão, nos Estados Unidos.

Mais informações: http://stardustnext.jpl.nasa.gov

Agência FAPESP