“Estamos chegando cada vez mais próximo das primeiras galáxias, que estimamos tenham sido formadas entre 200 milhões e 300 milhões de anos após o Big Bang”, disse Garth Illingworth, professor de astronomia e astrofísica na Universidade da Califórnia em Santa Cruz, um dos líderes do estudo.
Os cientistas conseguiram analisar uma faixa de tempo entre 480 milhões e 650 milhões de anos após a grande explosão que deu origem ao Universo. Segundo a pesquisa, a taxa de nascimento de estrelas aumentou dez vezes no período.
“Foi um aumento impressionante em um período curto, de apenas 1% da idade atual do Universo”, disse Illingworth.
Outra novidade está na relação do número de galáxias identificado. “Em estudo anterior, de quando o Universo tinha 650 milhões de anos, observamos 47 galáxias. Desta vez, ao observamos 170 milhões de anos antes, encontramos apenas um único candidato de galáxia. O Universo estava mudando muito rapidamente”, disse.
A idade de um objeto astronômico é calculada por meio de seu desvio para o vermelho (redshift), medida do quanto a expansão do espaço “esticou” a luz do objeto para frequências de ondas mais elevadas. A galáxia identificada tem um redshift de 10,3, o que corresponde a um objeto cuja luz foi emitida há 13,2 bilhões de anos.
A confirmação poderá ser feita com o James Webb, capaz de identificar redshift acima de 10.
O artigo A candidate redshift z~10 galaxy and rapid changes in that population at an age of 500Myr (doi:10.1038/nature09717), de R. J. Bouwens e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.
Agência FAPESP
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