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fapesp-04gen11O Brasil assinou um acordo formal de adesão para se tornar membro de pleno direito do Observatório Europeu do Sul (ESO). O país será o décimo quinto Estado Membro do ESO e o primeiro fora da Europa. O acordo foi assinado no dia 29 de dezembro, em Brasília, pelo diretor geral do ESO, Tim de Zeeuw, e pelo então ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. O convênio permite a participação do Brasil na construção do futuro superobservatório, o European Extremely Large Telescope (E-ELT), que terá 42 metros de abertura e está previsto para ser inaugurado em um prazo de dez anos, no Chile. A entrada do Brasil no consórcio custará cerca de 250 milhões de euros em 11 anos. O Observatório Europeu do Sul tem uma longa história de envolvimento bem sucedido com a América do Sul, desde quando o Chile foi escolhido para ser sede de seus observatórios, em 1963. No entanto, até agora nenhum país fora da Europa tinha aderido ao ESO como Estado Membro.
Os outros países associados são: Áustria, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Itália, Holanda, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça.

“O fato de o Brasil se tornar membro do ESO dará à vibrante comunidade astronômica brasileira total acesso ao observatório mais produtivo do mundo e abrirá novas oportunidades à indústria brasileira de alta tecnologia, uma vez que poderá contribuir para o projeto do E-ELT”, dise De Zeeuw.

A fase de concepção do E-ELT foi concluída recentemente, tendo-se submetida à revisão em que todos os aspectos desse enorme projeto foram analisados detalhadamente por um painel internacional de especialistas independentes.

O painel considerou que o projecto E-ELT está tecnicamente preparado para entrar na fase de construção. A decisão final de construção do E-ELT está prevista para 2011 e, quando as operações começarem, na próxima década, astrônomos europeus, brasileiros e chilenos terão acesso ao gigantesco telescópio.

“Os astrônomos no Brasil se beneficiarão da colaboração com colegas europeus e, naturalmente, do tempo de observação de que disporão nos observatórios de vanguarda do ESO, em La Silla e no Paranal, assim como no ALMA, o qual o ESO está construindo atualmente com os parceiros internacionais”, disse Laurent Vigroux, presidente do conselho do ESO.

Mais informações: www.eso.org/public/news/eso1050.

Agência FAPESP