“As extremidades de muitos dos ossos longos dos dinossauros, entre eles os ossos da perna, como fêmur e tíbia, são arredondadas, rígidas e não dispunham de estruturas importantes responsáveis pela articulação, como os côndilos, que são projeções ósseas”, disse o cientista.
“Isso indica que cartilagens muito espessas ocuparam os lugares dessas estruturas, formando as juntas. Essas partes, somadas, adicionavam uma altura significativa em algumas espécies de dinossauros”, completou.
De acordo com o cientista, o estudo fornece novos dados para ajudar a entender como e por que répteis e mamíferos construíram suas juntas com tamanha diversidade nas quantidades de osso e de cartilagem.
Holliday e colegas conduziram a pesquisa com avestruzes e jacarés, considerados alguns dos animais vivos mais próximos dos dinossauros, cujos membros são formados por de 6% a 10% de cartilagem. Foram analisados fósseis de tiranossauros, alossauros, braquiossauros e tricerátops.
Os cientistas obtiveram um “fator de correção de cartilagem” para determinar que o tiranossauro, por exemplo, era apenas um pouco maior do que se estimava. Mas o tricerátops e o braquiossauro podem ter sido mais de 10% mais altos. A diferença em altura, no caso do braquiossauro, seria de mais de 30 centímetros.
O artigo Cartilaginous Epiphyses in Extant Archosaurs and Their Implications for Reconstructing Limb Function in Dinosaurs (doi:10.1371/journal.pone.0013120), de Casey Holliday e outros, pode ser lido em www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0013120.
Agência FAPESP