Por conta disso, diversos grupos de pesquisa têm buscado uma solução para proteger o sistema cardiovascular contra a toxicidade associada à doxorrubicina.
Em artigo que será publicado esta semana no site e em breve na edição on-line da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, Rakesh Kukreja, diretor científico do Pauley Heart Center da VCU, e colegas descrevem o sildenafil como alternativa potencial para o problema.
Os cientistas realizaram uma ampla variedade de experimentos in vitro e in vivo (com camundongos) e verificaram que a combinação das duas drogas aumentou significativamente a geração de oxigênio reativo que dispara a apoptose (morte célular) em células de tumores de próstata.
Também observaram que a mistura não atingiu células epiteliais normais e saudáveis no órgão. “Acreditamos que o sildenafil pode ser um candidato excelente para protocolos de tratamento de câncer, com o potencial de aumentar a eficácia antitumoral ao mesmo tempo em que protege o coração contra danos de curto e de longo prazo promovidos pela doxorrubicina”, disse Kukreja.
Após o sucesso com experimentos com animais, o grupo pretende iniciar em breve testes clínicos da combinação, para verificar a eficácia em humanos com câncer.
O artigo Sildenafil increases chemotherapeutic efficacy of doxorubicin in prostate cancer and ameliorates cardiac dysfunction (doi: 10.1073/pnas.1006965107), de Rakesh C. Kukreja e outros, pode ser lido por assinantes da PNAS.
Agência FAPESP