“Realizada no Laboratório de Biologia do Tecido Adiposo da UMC, a pesquisa, no momento, estuda a relação da produção da adipocinas (adiponectina, leptina, resistina, visfatina, dentre outras) com a mudança do tecido adiposo (tamanho do adipocito e outras funções). Constatamos que quando essa substância (adiponectina) é encontrada em maior quantidade no sangue do paciente, o prognóstico é pior do que se encontrado em pouca quantidade”, explica o professor Miguel. Testes com animais para verificar a influência de drogas que controlam a perda de tecido adiposo também são realizadas atualmente. E em fase futura, pacientes com câncer gastrointestinal participarão da pesquisa.
A importância da compreensão dos fenômenos estudados deve-se ao fato de que entre 15% a 40 % dos pacientes com câncer sofrem de caquexia, síndrome que provoca perda de peso, atrofia muscular, fadiga, fraqueza, perda de apetite, e que afeta também pacientes com tuberculose, AIDS, leishmaniose visceral e distúrbios auto-imunes.
Espera-se que no futuro os resultados da pesquisa contribuam para o diagnóstico e tratamento da síndrome da caquexia, além de outras doenças, como a obesidade. A caquexia, além de ter alta incidência em algumas doenças crônicas, está relacionada a dificuldade no tratamento do câncer, e leva, muitas vezes, o paciente à morte. E quando caquético, o organismo do paciente não assimila bem o tratamento, o que abre portas para outras complicações da saúde.
Além do professores e dos alunos da UMC, pesquisadores da USP e da Universidade de Barcelona também participam do estudo.
Assessoria de Imprensa
Universidade de Mogi das Cruzes