Os dados são da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia do Ministério da Educação que coordena as chamadas públicas do programa, em conjunto com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O governo federal lançou cinco editais em dezembro de 2011 e as inscrições foram encerradas em 31 de janeiro. Entre os países objeto dessas chamadas públicas, os mais procurados pelos estudantes brasileiros foram os Estados Unidos, com 9.440 inscrições, e Reino Unido, com 4.928 concorrentes.
De acordo com o diretor de relações internacionais da Capes, Márcio de Castro Silva Filho, os selecionados vão ingressar nos cursos em setembro. Neste momento, explica, a Coordenação analisa as fichas de inscrição para verificar se os candidatos prestaram todas as informações solicitadas. Assim que concluir esse trabalho, a Capes envia as relações de estudantes para cada instituição de ensino superior brasileira que participou das chamadas públicas de dezembro do ano passado.
Márcio de Castro informa que será responsabilidade do comitê do programa Ciência sem Fronteiras da instituição, seja pública ou privada, conferir as informações prestadas no cadastro e verificar itens, como o histórico escolar, se o estudante está dentro do período do curso exigido e, em especial, se tem proficiência no idioma do país onde pretende estudar. As inscrições homologadas na instituição serão devolvidas à Capes e ao CNPq.
Na sequência, a Capes e o CNPq encaminham a relação de candidatos selecionados para as agências internacionais em cada país. Serão as agências internacionais que vão definir em que instituição cada bolsista vai estudar.
Viagem – Os candidatos que ganharem bolsas de estudos do governo brasileiro para estudar na França, Itália, Alemanha, Estados Unidos ou Reino Unido seguem para os países em três momentos. Segundo o coordenador de relações internacionais da Capes, os estudantes com domínio intermediário da língua do país de destino, embarcam em junho ou julho para curso intensivo no idioma. Na Alemanha, por exemplo, o curso preparatório será de três meses (embarque em junho), e na França, dois meses (embarque em julho). As aulas de reforço no idioma também serão custeadas pelo Brasil.
Já aqueles candidatos com atestado de proficiência no idioma viajam no início de setembro, que é quando começam as aulas nos países do hemisfério norte.
Oportunidade – Como o programa Ciência sem Fronteiras tem duração de quatro anos, com seleções até 2014, Marcio de Castro recomenda aos brasileiros que estudem idiomas e que se esforcem para aproveitar as oportunidades que serão oferecidas nos próximos editais. Ter uma experiência no exterior durante a graduação, diz o diretor, tem impacto favorável na vida pessoal e profissional. “Não percam essa oportunidade”, recomenda.
A previsão da Capes é lançar novos editais ainda neste semestre para Portugal, Bélgica, Espanha, Coréia e Canadá.
Intercâmbio – O Ciência sem Fronteiras, lançado em 26 de julho de 2011, é um programa do governo federal destinado a consolidar, expandir e a promover a internacionalização da ciência e da tecnologia, da inovação e da competitividade brasileiras por meio do intercâmbio de alunos de graduação e pós-graduação e da mobilidade internacional. Está prevista a concessão de até 75 mil bolsas em quatro anos, de 2011 a 2014.
Conheça o programa Ciência sem Fronteiras.